Não se conhecem ainda satisfatoriamente as causas e os mecanismos da deterioração cerebral que se regista em algumas pessoas. Sabemos que há factores ligados à idade, à existência de outros casos na família próxima, a ter sofrido traumatismos crânio-encefálicos, ou a um passado de alcoolismo. Apurou-se também que o colesterol elevado e uma tensão arterial mal controlada podem ser causa de perturbação cerebral. Sabe-se ainda que a falta de estimulação e a desocupação têm um papel muito negativo neste processo.

Assim, é já hoje possível recomendar atitudes que terão por efeito prevenir o envelhecimento acelerado do cérebro e evitar a situação conhecida por demência:

• Evitar o excesso de álcool. Se o abuso é prejudicial, parece contudo que um consumo moderado de vinho tinto, até três decilitros por dia, pode ser vantajoso.

• Uma dieta rica em antioxidantes, contidos emlegumes de coloração forte como couve, espinafre, cenoura, beterraba e brócolos.

• Evitar obesidade, sobretudo de tipo abdominal (barriga grande), cortando às gorduras e aumentando o exercício fisico.

• Não fumar.

• Controlar o colesterol e a tratar a hipertensão arterial.

• Evitar a desocupação e a passividade, mantendo-se fisicamente activo, cultivando o interesse pela leitura e participando em actividades sociais.

O médico de família deve ser mantido ao par de quaisquer modificações que surjam na saúde ou no comportamento das pessoas em idade de risco, e saberá proceder à avaliação clínica e dar os conselhos mais apropriados a cada caso.

Se necessário, o recurso a uma consulta especializada de Psiquiatria Geriátrica ou de Neurologia poderá aprofundar o estudo e esclarecer as situações de mais complexidade.